Como o feedback pode ajudar na aproximação da equipe?

Como o feedback pode ajudar na aproximação da equipe?

Todos sabemos que o que mais importa nos processos de trabalho, são as entregas e o resultado positivo e financeiro do nosso negócio. Afinal, trabalhamos por que gostamos, mas também por que necessitamos. Uma ferramenta necessária em todo esse caminho é o feedback.

Vejo o feedback como algo indispensável para qualquer organização que almeja sucesso. Escutar e saber ouvir é uma das soft skills que repercute diretamente no engajamento de equipes. Uma equipe bem engajada, já falei sobre isso, consegue vender mais, atender melhor e tende a ser mais criativa e inovadora.

Precisamos do feedback para aproximar equipes por que, como gestores ou líderes, não sabemos com exatidão a percepção e o que pensam os nossos colaboradores sobre os processos de trabalho e sobre a empresa.

Toda vez que paramos para escutar alguém, significa que estamos dando voz a essa pessoa e, consequentemente, um laço afetivo é constituído. Precisamos dessa confiança para nos sentirmos melhor. Só assim, anseios e inferências poderão ser resolvidas.

Todo líder e todo gestor precisa ouvir seus colaboradores para poder aproximá-los. Aproximar colaboradores é permitir engajamento na equipe de trabalho. Assim como o autoconhecimento é necessário para compreendermos o que sentimos, o feedback é imprescindível para qualquer organização.

Dentro dos estudos da neuroliderança, por exemplo, vimos que um bom neurolíder é aquele que consegue “desenvolver” pessoas, ou seja, consegue dar autonomia para que elas possam crescer, mostrar seus talentos e se desenvolver profissionalmente. Além disso, permite a escuta e age a partir dela.

Um exemplo disso é o que vimos muito nas discussões sobre neuroliderança é que muito se fala que são as pessoas o elemento mais importante nas organizações. Não é bem por aí. Explico: na verdade as pessoas certas nos lugares certos é que são os elementos mais importantes para qualquer organização. E como podemos saber isso sem praticar e estimular o feedback?

O feedback ajuda a compreender o que se passa no ambiente de trabalho, conseguimos colher sugestões, avaliar críticas, tomar decisões e além disso, administrar talentos. Só saberemos o potencial de nossos colaboradores se permitirmos que eles nos falem e mostrem seus anseios e desejos.

Estudos comprovam que o ser humano, em grande parte, toma suas decisões estimulado por questões emocionais. A emoção é algo que está sempre conosco e precisamos fazer dela, uma ferramenta para conseguirmos atingir nossos objetivos.

Não é diferente no mercado de trabalho. Lideramos, somos gerenciados e ocupamos espaços com as nossas atividades profissionais. Por mais racional que pareça ser, somos sujeitos que demandamos sentimentos, por isso, nossas emoções, em algumas vezes, falam mais alto. O feedback, quando bem aplicado, auxilia nesses entendimentos e mostram caminhos para continuar o que está certo e mudar o que está errado.

Feedback: conexão essencial para as relações

David Rock, autor renomado no campo da neuroliderança, explica que para o sucesso das organizações é preciso instituir e praticar o que ele denomina de SCARF (cachecol em português). Para o autor, essas cinco sílabas compreendem um caminho de sucesso em qualquer ambiente de trabalho em que há pessoas atuando nele. Explico isso, para compreenderem como o feedback pode auxiliar nesse processo.

Para Rock essas sílabas significam:

S – Status

C – Certeza

A – Autonomia

R – Relações

F – Justiça (fairness)

No S de status percebemos a nossa percepção diante do outro. Se há um parâmetro de status entre os colaboradores, em que ninguém “aparece” mais que o outro ou é “diminuído” mais do que o outro, isso gera estabilidade emocional na equipe e, consequentemente, os resultados são mais positivos.

Na Certeza (C), os colaboradores possuem o senso de prevenir o futuro, ou seja, ele tem a certeza de que está no lugar bom e ideal e que não é ameaçado e não corre o risco de ser substituído.

O A de autonomia é proporcionar segurança aos colaboradores, dar a eles liberdade para pensarem ações inovadoras, serem criativos e proporem melhorias dentro da organização.

As relações (R) só comprovam o que já escrevi em alguns textos antes, somos seres afetivos e as relações nos guiam no mundo. Necessitamos do contato social como sobrevivência e no mercado de trabalho, isso se potencializa, visto que passamos boa parte do tempo com colegas e líderes.

A justiça (o F de Fairness) é quando nossos colaboradores sentem que há critérios para algumas escolhas e que não se sentem injustiçados por ações da gestão ou de seus líderes.

Quis mostrar esses cinco pontos discutidos por David Rock para mostrar o quanto o feedback poderá ajudá-los na conexão com sua equipe e, consequentemente, fortalecer o status, a certeza, a autonomia, as relações e o senso de justiça.

Como disse anteriormente, um bom líder é aquele que sabe ouvir e a partir dessa escuta tomar sábias decisões.   

O resultado disso é uma equipe mais engajada e pertencente à organização, o que faz toda a diferença em um mercado competitivo e que precisa das pessoas para poder se sobressair, vender mais, atender melhor e criar novas oportunidades para seus negócios.

O próprio cachecol é um elemento que proporciona laços e que envolve e aquece o pescoço de alguém. Um bom feedback, quando bem aplicado e alinhado estrategicamente, pode criar laços e aquecer um ambiente de trabalho. Pense nisso!

 

Leave A Comment

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.

We understand the importance of approaching each work integrally and believe in the power of simple.

Melbourne, Australia
(Sat - Thursday)
(10am - 05 pm)