Comportamento humano: como um funcionário impacta na equipe

Como o comportamento de um colaborador pode impactar a convivência da equipe

É tão interessante quando nos deparamos com os efeitos do comportamento humano nas relações sociais, não é mesmo?

Desde a clássica tragédia de Romeu e Julieta, mortos por não aceitarem seu amor, passando pelos contos de fadas em que um espelho precisa revelar a mais bela do reino, até chegar no “realitys” e presenciarmos banhos de balde com água suja nos participantes do BBB 22.

Dependendo do comportamento humano, o egoísmo e a intolerância falam mais alto, como o caso de Romeu e Julieta. A inveja e a cobiça são capazes de matar como em A Branca de Neve e a impaciência, apatia e orgulho fazem com que pessoas se “digladiarem” entre si com palavras e água suja, como no jogo da discórdia do Big Brother Brasil.

Todas essas narrativas, ficcionais ou não, exploram como o comportamento das pessoas podem influenciar e modificar padrões sociais, culturais e pessoais. Nas situações citadas, há sentimentos negativos que corroem as relações e afastam o que de bom há nos seres humanos: a afetividade.

O comportamento no ambiente profissional

No ambiente corporativo, um comportamento ruim pode impactar na convivência da sua equipe e com isso resultar negativamente no processo de entrega no trabalho.

As habilidades socioemocionais vêm nos comprovar o quanto a inteligência emocional, por exemplo, faz a diferença para o bom convívio em grupos e na produtividade da empresa.

As soft Skills nos fazem perceber a necessidade de olharmos para o comportamento humano e como ele repercute no sucesso profissional do trabalhador e da equipe em que faz parte.

No atual cenário, não podemos ignorar a força das relações e como elas interferem na convivência em grupo. No livro O Pequeno Príncipe, há uma frase que gosto muito, que diz: “As pessoas são solitárias, porque constroem muros ao invés de pontes”, ou seja, o próprio homem pode ser responsável por estar sozinho e afastar pessoas do seu convívio. É necessário pontes e não muros para uma boa convivência social.

2 caminhos para refletirmos sobre o quanto podemos mudar o comportamento humano

Nesse blog post quero apresentar para vocês dois caminhos possíveis para resolver questões de mau comportamento nas equipes de trabalho. O primeiro deles se refere à atuação das soft skills; já o segundo, discute como podemos ser socialmente inteligentes.

A atuação das soft skills no comportamento humano corporativo

Vejamos o seguinte exemplo:

Um colaborador chamado João está amplamente dedicado ao seu trabalho, possui foco e determinação, quer entregar o quanto antes o relatório de vendas e prospecção que realizou no último mês. Percebemos sua expectativa por conseguir alcançar as metas atribuídas e a sua felicidade em cumprir o que foi designado. 

Contudo, seu colega começa a contaminá-lo ao dizer que a empresa não merece tamanha dedicação e que todo esse empenho não será reconhecido, visto que não é política da organização reconhecer os esforços dos colaboradores. Relata que ele mesmo, por diversas vezes, já tentou ser valorizado e não conseguiu. Dias depois, percebeu-se que a motivação de João não era a mesma. Não realizava de forma satisfatória a sua função e aos poucos foi desistindo de colaborar com a empresa. Fazia somente o básico, sem se preocupar com a produtividade e proatividade.

A história acima mostra que uma pessoa pode sim influenciar uma outra, por meio de seu comportamento. Pesquisas mostram que é bastante comum nas organizações situação desse tipo. Por isso, a necessidade de pensar em estratégias para alinhar o clima organizacional e colocar os colaboradores em um mesmo nível de engajamento.

O comportamento humano nesse episódio só reforça o quanto as habilidades socioemocionais são necessárias. Faltou ao João resiliência para enfrentar a negatividade imposta pelo colega, como também inteligência emocional para lidar com essa questão.

Além da resiliência, outras soft skills ficaram ausentes: pensamento positivo e habilidade para resolução de problemas por parte do João; e não saber trabalhar em equipe, falta de proatividade e ética no trabalho, por parte do colaborador negativo.

Quando uma equipe está alinhada com as habilidades socioemocionais, o comportamento humano dentro das organizações tende a ser mais colaborativo e eficaz.

Inteligência Social para um bom comportamento social e humano

Outro aspecto é pensarmos na inteligência social. Nossos cérebros são programados para nos conectar socialmente. Ou seja, necessitamos do convívio com as outras pessoas. É impossível pensar que sozinhos somos capazes de realizar um bom trabalho e ser feliz. Tanto no campo pessoal, quanto no profissional, a convivência em grupo é cada vez mais necessária. Por isso, a necessidade de sermos inteligentes socialmente.

Ser inteligente socialmente é compreender as nossas emoções e as dos outros, contribuindo para a harmonia das relações e a sua importância para o desenvolvimento pessoal e profissional. É saber se relacionar emocionalmente com as outras pessoas. Nossos cérebros possuem neurônios-espelhos e refletimos o comportamento de quem está à nossa volta. 

Dessa forma, sempre que um mau comportamento aparece em alguém, alguns outros são contaminados. É necessário deixar o ambiente engajado para resultar em bons processos de trabalho.

Daniel Goleman destaca que “A inteligência interpessoal consiste na capacidade de compreender os demais, quais são as coisas que mais os motiva, como trabalham e a melhor forma de cooperar com eles”. Ou seja, necessitamos olhar para nós mesmos, mas para além disso, é preciso estar atento aos outros e como se comportam. Só assim conseguimos potencializar a força do comportamento humano para o bom funcionamento da equipe.

Não deixem que suas equipes sejam prejudicadas por mau comportamento humano. Privilegiem ações para harmonizar o ambiente de trabalho. Reflitam sobre a humanização, o engajamento e empatia. Só assim, resultados positivos virão. 

Os conflitos pessoais são sempre grandes desafios para as organizações. Contudo, é possível perceber que há o que fazer, que não estamos sozinhos. Basta aplicar estratégias que funcionem.

Não conseguiremos mudar o mundo, isso é impossível, mas podemos mudar aquilo que nos compete e fazer do comportamento humano uma arma a favor do convívio em equipes, para a boa produtividade, criatividade e resiliência. 

Gostou desse conteúdo? O que você tem feito para tornar o seu ambiente de trabalho mais harmonioso? Conte para mim nos comentários e não esqueça também de me acompanhar em outras redes sociais. 

 

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